quinta-feira, 8 de abril de 2010

Governo sul-africano investiga cartel na venda de passagens para a Copa


Autor(es): Nasreen Seria, Bloomberg
Valor Econômico - 08/04/2010

A companhia aérea estatal South African Airways (SAA) e a Mango, sua empresa de baixo custo, tiveram seus escritórios invadidos por autoridades reguladoras antitruste, como parte de uma investigação sobre a formação de cartel para a Copa do Mundo de Futebol.

A Comissão de Competição da África do Sul confiscou documentos e dados eletrônicos na batida realizada em 31 de março, que incluiu uma busca nos escritórios da Associação das Companhias Aéreas da África do Sul, segundo informaram ontem as autoridades.

A comissão disse em 28 de janeiro que estava investigando a Comair, que é parcialmente controlada pela British Airways, a 1time Holdings, a SA Airlink e a SA Express pela suposta formação de cartel na fixação dos preços das passagens durante a realização da Copa do Mundo, que começa em 11 de junho. A África do Sul deverá atrair 350 mil visitantes para os jogos, segundo cálculos da Fifa, a federação internacional do futebol.

A batida da semana passada foi "desencadeada pela suspeita da comissão de que a SAA e a Mango podiam estar ocultando informações importantes para a investigação", disse a comissão. Os documentos confiscados serão analisados junto com outras informações recolhidas para determinar se ocorreu ou não uma contravenção da Lei da Concorrência. A SAA informou que está dando "pleno apoio" às investigações da comissão e quer "se certificar que haja uma solução o mais breve possível". A SAA disse em janeiro que estava cooperando com os investigadores em troca de indulgência nas acusações.

Chris Zweigenthal, executivo-chefe da Associação das Companhias Aéreas, confirmou que os documentos foram recolhidos pela comissão na semana passada. A associação não havia sido solicitada antes pela comissão a fornecer informações para a sua investigação, disse ele. "Estamos colaborando totalmente com eles", afirmou ontem Zweigenthal. "Não estou a par de nenhum tabelamento de preços no setor. Estamos aguardando para ver o que surgirá da investigação."

O governo sul-africano prevê um reflexo positivo da Copa de 0,5% sobre o PIB do país.

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