segunda-feira, 10 de outubro de 2011

UM MUNDO MAL RESOLVIDO




Desde sempre a humanidade sofreu (e sofre) com as conseqüências negativas provenientes de guerras e conflitos entre diferentes povos.

Na África, desde a colonização promovida pelos europeus a partir do século XVI, com a inserção do cristianismo e o estabelecimento de fronteiras que não respeitaram as tribos que lá moravam desde tempos remotos, conflitos começaram a se originar tomando grandes proporções, envolvendo até mesmo países e não apenas tribos. Até a atualidade existem problemas de ordem religiosa, étnica e política que aflige alguns países africanos.

A colonização do continente americano seja onde hoje é o território dos Estados Unidos, da Bolívia ou do Brasil também entraram para a História devido aos massacres contra os nativos, cometidos por ingleses, espanhóis e portugueses, respectivamente. No primeiro país os indígenas foram massacrados e praticamente extintos. Na Bolívia, os descendentes destes povos vivem na miséria e no Brasil, os poucos que restaram vivem em reservas indígenas demarcadas pelo poder público, porém, abandonados e praticamente sem nenhum tipo de assistência.

A questão Palestina se arrasta por décadas e aparentemente sem nenhuma possibilidade de solução rápida que possa agradar palestinos e israelenses e por fim aos conflitos quase que diários entre muçulmanos e judeus.

Saddam Hussein e Osama Bin Laden foram mortos pela influência norte-americana e a repercussão ainda está latente, com o risco de retaliações por parte dos seguidores destas duas personalidades.

Mais recentemente, uma onda de protestos e ações contra governos ditatoriais ocorridas no Oriente Médio e África, vem promovendo a morte de milhares de pessoas. Na madrugada do último domingo, um conflito entre cristãos e muçulmanos egípcios acabou promovendo a morte de mais de 200 pessoas, incluindo civis e militares.

O mundo em que vivemos continua sendo palco de barbáries que envolvem problemas que variam de relativamente simples até os mais complexos. Porém, estes problemas poderiam ser resolvidos de forma racional e, em casos extremos com auxílio internacional.

Em pleno século XXI, boa parte da humanidade continua resolvendo seus problemas como nos períodos Pré-Históricos. Nesse contexto, torna-se pertinente questionar os conceitos de civilização e democracia. Afinal, estes são amplamente conhecidos, porém, sua aplicação na atualidade e em determinados contextos parecem não existir.

ISONEL SANDINO MENEGUZZO (Professor, Rede Estadual de Ensino do Paraná).

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