Autor(es): Gianni Carta
Carta Capital - 24/10/2011
De Buenos Aires
Cristina fernández de Kirchner adentrou o palco do Teatro Coliseo na quarta-feira 19, em Buenos Aires, com olhar de vitória. Confetes celestes e brancos, as cores da bandeira argentina, choveram na candidata do Partido Peronista para a presidencial deste domingo 23. Na plateia apinhada a prestigiar a futura presidenta no encerramento da sua campanha na capital, ministros, governadores, dirigentes da central operária CGT e as Mães e Avós da Praça de Maio a aplaudiram de pé.
A certeza de Cristina, como é conhecida, na reeleição tem fundamento. Neste país- alheio a um sistema estruturado de partidos políticos, a oposição, incapaz de selar alianças, está fragmentada. Além do mais, após as primárias de 14 de agosto, legendas foram impedidas de formar coalizões, de acordo com a legislação em vigor. Nesse quadro pouco atraente, oposicionistas, os candidatos à Presidência, incluindo o socialista Hermes Binner, mais bem colocado segundo pesquisas de intenção de voto, contentam-se com um segundo lugar – em miúdos, meros 15% dos votos, se muito.
E, como é sempre o caso, a maior força de um candidato é uma economia bem engrenada, caso, pelo menos na aparência, da Argentina sob Cristina. Com crescimento do PIB de 9,2% em 2010, os argentinos "creem que a economia vai de vento em popa", diz Adrian Ventura, articulista do diário conservador La Nación, para CartaCapital. O povo consome como se estivesse rico, emenda Ventura. Mas, infelizmente, não se dá conta de que está protegido, pelo menos por ora, por meios de transferências, subsídios e acordos salariais generosos.
O futuro de Cristina no poder parece ser, por ora, tranquilo, de forma geral o argentino parece preferir não mexer no time enquanto ele vence. Em miúdos, foca-se no curto prazo. Essa linha política, de qualquer forma, parece render frutos para objetivos eleitorais. Pesquisas de intenção de voto, apontam, já no primeiro turno, a vitória de Cristina, com entre 51% e 55% dos votos. "A questão não é se Cristina vai ganhar, mas por quantos votos a mais ganhará de seus adversários", sintetiza Alfredo Catoira, diretor de informática da Corte Suprema de Justiça, de 60 anos.
Carta Capital - 24/10/2011
De Buenos Aires
Cristina fernández de Kirchner adentrou o palco do Teatro Coliseo na quarta-feira 19, em Buenos Aires, com olhar de vitória. Confetes celestes e brancos, as cores da bandeira argentina, choveram na candidata do Partido Peronista para a presidencial deste domingo 23. Na plateia apinhada a prestigiar a futura presidenta no encerramento da sua campanha na capital, ministros, governadores, dirigentes da central operária CGT e as Mães e Avós da Praça de Maio a aplaudiram de pé.
A certeza de Cristina, como é conhecida, na reeleição tem fundamento. Neste país- alheio a um sistema estruturado de partidos políticos, a oposição, incapaz de selar alianças, está fragmentada. Além do mais, após as primárias de 14 de agosto, legendas foram impedidas de formar coalizões, de acordo com a legislação em vigor. Nesse quadro pouco atraente, oposicionistas, os candidatos à Presidência, incluindo o socialista Hermes Binner, mais bem colocado segundo pesquisas de intenção de voto, contentam-se com um segundo lugar – em miúdos, meros 15% dos votos, se muito.
E, como é sempre o caso, a maior força de um candidato é uma economia bem engrenada, caso, pelo menos na aparência, da Argentina sob Cristina. Com crescimento do PIB de 9,2% em 2010, os argentinos "creem que a economia vai de vento em popa", diz Adrian Ventura, articulista do diário conservador La Nación, para CartaCapital. O povo consome como se estivesse rico, emenda Ventura. Mas, infelizmente, não se dá conta de que está protegido, pelo menos por ora, por meios de transferências, subsídios e acordos salariais generosos.
O futuro de Cristina no poder parece ser, por ora, tranquilo, de forma geral o argentino parece preferir não mexer no time enquanto ele vence. Em miúdos, foca-se no curto prazo. Essa linha política, de qualquer forma, parece render frutos para objetivos eleitorais. Pesquisas de intenção de voto, apontam, já no primeiro turno, a vitória de Cristina, com entre 51% e 55% dos votos. "A questão não é se Cristina vai ganhar, mas por quantos votos a mais ganhará de seus adversários", sintetiza Alfredo Catoira, diretor de informática da Corte Suprema de Justiça, de 60 anos.
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