A cidade de Ponta Grossa, sempre teve o reconhecimento da imprensa estadual no que se refere à prática do futebol. No ano de 1923, o Operário Ferroviário teve seu primeiro vice-campeonato paranaense, registrando assim o primeiro grande feito de um time ponta-grossense no certamente estadual.
O ápice dos times princesinos deu-se entre fins da década de 20 e 30. Entre 1928 e 1937, Operário, Olinda, Nova Rússia e Guarani se revezaram em 2º lugar no certame estadual, acumulando assim, 10 vices-campeonatos paranaenses para a cidade. É interessante notar que Ponta Grossa já teve 4 times profissionais de futebol em período concomitante, numa época em que a cidade não possuía uma dinâmica econômica notável, como tem nos dias atuais.
Deste período em diante, somente o Guarani em 1956 e o Operário em 1958 e 1961 conseguiram um vice-campeonato. Portanto, são aproximadamente 41 anos que Ponta Grossa não tem um time disputando diretamente o título do campeonato paranaense.
Nos últimos anos, tentativas de colocar um novo time na cidade não deram certo. A Pontagrossense na década de 1970 e o Ponta Grossa Esporte Clube mais recentemente, são exemplos de times que surgiram e desapareceram de forma repentina. Para estes, faltou a alma, o espírito de uma equipe como o Operário, que tem raízes históricas e uma relação forte com a população local e até mesmo regional.
Com o retorno do Operário ao futebol profissional na década de 2000, a cidade vê somente neste time a esperança de que Ponta Grossa possa novamente reaparecer com força no cenário estadual.
Porém, no ano de seu centenário, o time vem realizando uma campanha pífia no campeonato paranaense de 2012. Com um orçamento relativamente magro, pouca participação do empresariado local e regional e uma torcida desconfiada com o atual presidente (por erros grotescos de gerenciamento cometidos no passado e no presente) o Operário amarga posição intermediária no certamente estadual.
Para a diretoria, a esperança é de que o público volte a comparecer maçicamente no Germano Kruger e, aliviar as contas do time, que segundo informações estão no vermelho. Outra luz no fim do túnel é a participação na Copa do Brasil, competição que tem início para o alvi-negro de Vila Oficinas no próximo dia 07 de março contra o Juventude do Rio Grande do Sul. Se avançar na competição, o time ponta-grossense recebe cotas da Confederação Brasileira de Futebol, o que de certa forma melhoraria a situação dos cofres do clube.
Para aqueles que torcem pelo Operário e por Ponta Grossa cada vez mais fortes no cenário estadual e nacional, vale a pena dar apoio ao time, comparecer no estádio e vestir a camisa alvi-negra no dia a dia, com o intuito de divulgar as cores do time que representa os Campos Gerais no futebol profissional.
ISONEL SANDINO MENEGUZZO (Professor de Geografia)
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