terça-feira, 23 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
NAÇÃO “INSENSATA”
Na última sexta-feira parte da nação brasileira parou diante da televisão para assistir o último capítulo da novela “Insensato coração” da Rede Globo. Independente de gosto a mesma foi assistida por milhões de pessoas em todo o país (e no exterior), englobando público amplamente diversificado.
Numa cena específica do último capítulo onde a personagem Natalie aparece sendo contemplada com o diploma de deputada, um aspecto chamou a atenção: A bandeira nacional ao fundo. Fazendo uma comparação superficial, porém, válida, os Estados Unidos da América é bastante criticado em nosso país, seja pela postura arrogante de parte daquele povo, seja pela sua geopolítica truculenta. Porém, naquele país, a bandeira nacional é algo considerado “sagrado” pelo povo estadunidense.
De um modo geral, os diversos filmes que chegam ao Brasil, produzidos nos EUA, de uma forma ou de outra, tratam indiretamente aquela nação de uma forma ímpar: policiais bem preparados, empresários bem sucedidos, escolas organizadas e limpas, hospitais eficientes e clara demonstração de força militar. Ao fundo a bandeira norte-americana, dando a entender ao público espectador o seu poderio em diversos aspectos que permeiam a sociedade.
Infelizmente, no nosso país, a bandeira é lembrada e utilizada em momentos como o retratado na novela (uma pessoa sem qualificação e preparo ocupando um cargo importantíssimo) ou quando a seleção brasileira de futebol está numa final de campeonato.
A mídia em geral, como formadora de opinião e altamente influente no pensamento das pessoas, deveria mudar este posicionamento, ou seja, valorizar os símbolos nacionais e não relacionar a bandeira com situações ridículas. Destacam-se também os movimentos sociais que deveriam fazer sua parte, colocando a bandeira nacional à frente das bandeiras de partidos políticos, quando da realização de manifestações públicas.
Cabe informar aos leitores que, nas escolas (falo isso enquanto professor da rede estadual de ensino) tanto bandeira, quanto hino nacional, raramente são lembrados. Para alguns, isso pode lembrar o período da ditadura militar. Como opinião pessoal, creio que isto seja antes de mais nada um ato cívico, um momento de reflexão sobre nosso papel enquanto cidadãos e um gesto de fortalecimento de nossa identidade nacional.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
AS CHUVAS EM PONTA GROSSA
Desde o último sábado, chuvas relativamente intensas tem atingido praticamente todo o estado, inclusive Ponta Grossa. A Princesa dos Campos, apesar de pujante no aspecto econômico, apresenta diversos problemas ambientais como bueiros entupidos, processos erosivos, deslizamentos de solos e inundações.
Com as chuvas dos últimos dias, vários locais da cidade foram atingidos por estes problemas. O mais impressionante de todos, talvez tenha ocorrido num lago situado no Arroio Olarias (no bairro homônimo). Às margens deste lago ocorre, inclusive, uma unidade de uma importante instituição de nível superior dos Campos Gerais.
Nesta segunda-feira pela manhã, funcionários, estudantes e professores foram surpreendidos quando a principal via de acesso para a instituição estava tomada de água, impossibilitando assim a execução de suas atividades. O lago, por estar posicionado num fundo de vale recebe grandes quantidades de águas, partículas de solos e lixo (sendo este descartado erroneamente pela população local). Com isso, é normal que o lago tenha sua profundidade diminuída ao longo dos anos devido ao material acumulado em seu fundo. Consequentemente, com as grandes quantidades de chuvas que se precipitaram nos últimos dias, o nível do mesmo subiu, atingindo assim a principal via pavimentada da instituição de ensino.
Diversos estudos e pesquisas envolvendo a problemática ambiental já foram realizados abrangendo esta área da cidade. Porém, medidas efetivas no que se refere à prevenção de acidentes deste tipo nunca foram tomadas. Pelo contrário, o descaso transparece quando processos como esse são deflagrados.
O mais interessante nesse contexto é que a cidade possui cursos técnicos, superiores e até mesmo pós-graduações (especialização e mestrado) na área ambiental e em engenharia civil (áreas do saber diretamente ligadas aos problemas acima citados).
Os bancos acadêmicos continuam sendo tratados à moda antiga, o ensino baseado na tríade: professor, giz e lousa. Enquanto isso, as premissas “pesquisa e extensão” ficam apenas nos discursos, verdadeiras propagandas.
Certamente, as instituições de ensino possuem mentes brilhantes (tanto de professores, quanto de alunos) para realizarem atividades de pesquisa e de extensão nas comunidades com o intuito de aplicarem os conhecimentos vistos em sala de aula e, consequentemente darem sua contribuição técnica e humanitária para áreas que estão praticamente abandonadas pelo poder público.
ISONEL SANDINO MENEGUZZO (DOUTORANDO EM GEOGRAFIA - UFPR)
Com as chuvas dos últimos dias, vários locais da cidade foram atingidos por estes problemas. O mais impressionante de todos, talvez tenha ocorrido num lago situado no Arroio Olarias (no bairro homônimo). Às margens deste lago ocorre, inclusive, uma unidade de uma importante instituição de nível superior dos Campos Gerais.
Nesta segunda-feira pela manhã, funcionários, estudantes e professores foram surpreendidos quando a principal via de acesso para a instituição estava tomada de água, impossibilitando assim a execução de suas atividades. O lago, por estar posicionado num fundo de vale recebe grandes quantidades de águas, partículas de solos e lixo (sendo este descartado erroneamente pela população local). Com isso, é normal que o lago tenha sua profundidade diminuída ao longo dos anos devido ao material acumulado em seu fundo. Consequentemente, com as grandes quantidades de chuvas que se precipitaram nos últimos dias, o nível do mesmo subiu, atingindo assim a principal via pavimentada da instituição de ensino.
Diversos estudos e pesquisas envolvendo a problemática ambiental já foram realizados abrangendo esta área da cidade. Porém, medidas efetivas no que se refere à prevenção de acidentes deste tipo nunca foram tomadas. Pelo contrário, o descaso transparece quando processos como esse são deflagrados.
O mais interessante nesse contexto é que a cidade possui cursos técnicos, superiores e até mesmo pós-graduações (especialização e mestrado) na área ambiental e em engenharia civil (áreas do saber diretamente ligadas aos problemas acima citados).
Os bancos acadêmicos continuam sendo tratados à moda antiga, o ensino baseado na tríade: professor, giz e lousa. Enquanto isso, as premissas “pesquisa e extensão” ficam apenas nos discursos, verdadeiras propagandas.
Certamente, as instituições de ensino possuem mentes brilhantes (tanto de professores, quanto de alunos) para realizarem atividades de pesquisa e de extensão nas comunidades com o intuito de aplicarem os conhecimentos vistos em sala de aula e, consequentemente darem sua contribuição técnica e humanitária para áreas que estão praticamente abandonadas pelo poder público.
ISONEL SANDINO MENEGUZZO (DOUTORANDO EM GEOGRAFIA - UFPR)
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