sábado, 20 de agosto de 2011

NAÇÃO “INSENSATA”


Na última sexta-feira parte da nação brasileira parou diante da televisão para assistir o último capítulo da novela “Insensato coração” da Rede Globo. Independente de gosto a mesma foi assistida por milhões de pessoas em todo o país (e no exterior), englobando público amplamente diversificado.




Numa cena específica do último capítulo onde a personagem Natalie aparece sendo contemplada com o diploma de deputada, um aspecto chamou a atenção: A bandeira nacional ao fundo. Fazendo uma comparação superficial, porém, válida, os Estados Unidos da América é bastante criticado em nosso país, seja pela postura arrogante de parte daquele povo, seja pela sua geopolítica truculenta. Porém, naquele país, a bandeira nacional é algo considerado “sagrado” pelo povo estadunidense.



De um modo geral, os diversos filmes que chegam ao Brasil, produzidos nos EUA, de uma forma ou de outra, tratam indiretamente aquela nação de uma forma ímpar: policiais bem preparados, empresários bem sucedidos, escolas organizadas e limpas, hospitais eficientes e clara demonstração de força militar. Ao fundo a bandeira norte-americana, dando a entender ao público espectador o seu poderio em diversos aspectos que permeiam a sociedade.



Infelizmente, no nosso país, a bandeira é lembrada e utilizada em momentos como o retratado na novela (uma pessoa sem qualificação e preparo ocupando um cargo importantíssimo) ou quando a seleção brasileira de futebol está numa final de campeonato.



A mídia em geral, como formadora de opinião e altamente influente no pensamento das pessoas, deveria mudar este posicionamento, ou seja, valorizar os símbolos nacionais e não relacionar a bandeira com situações ridículas. Destacam-se também os movimentos sociais que deveriam fazer sua parte, colocando a bandeira nacional à frente das bandeiras de partidos políticos, quando da realização de manifestações públicas.



Cabe informar aos leitores que, nas escolas (falo isso enquanto professor da rede estadual de ensino) tanto bandeira, quanto hino nacional, raramente são lembrados. Para alguns, isso pode lembrar o período da ditadura militar. Como opinião pessoal, creio que isto seja antes de mais nada um ato cívico, um momento de reflexão sobre nosso papel enquanto cidadãos e um gesto de fortalecimento de nossa identidade nacional.

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